Ficha Técnica:
Título: Além da Lama
Autor (a): Leo Farah
Editora: Vestígio
Gênero: Literatura Brasileira
Edição: 1º
Páginas: 192
Ano: 2019
Sinopse:
Um raro e inspirador testemunho sobre o ofício desses verdadeiros heróis da vida real
“Este livro não é apenas um rico documento existencial. A experiência dos bombeiros de Minas Gerais nesse tipo de desastre fez deles uma referência internacional no socorro a vítimas de rompimento de barragens. Depois de Mariana, veio Brumadinho, e de novo os bombeiros foram o grande auxílio que os moradores encontraram. Cobri esses desastres e visito esses lugares de vez em quando. O quadro é desolador. Mas seria muito pior se o Brasil não contasse com a competência e a coragem desses heróis.”
5 de novembro de 2015: o Brasil inteiro assiste ao desaparecimento de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, dois pacatos distritos de Mariana, Minas Gerais. O rompimento da barragem de Fundão, administrada por uma das maiores mineradoras do país, despejou quarenta milhões de metros cúbicos de rejeito tóxico na região, tingindo de marrom a paisagem local e causando a morte de 19 pessoas.
Mas essa catástrofe poderia ter sido ainda maior. É o que descobrimos em Além da lama, que narra as dramáticas 15 primeiras horas de mobilização que tornaram possível o resgate de quinhentos moradores ilhados. Essa emocionante história é contada pelo capitão Farah, comandante do grupo especializado que trabalhou incessantemente na missão de salvar vidas, mesmo sob a ameaça do rompimento iminente de uma segunda barragem, ainda maior que a primeira.
Esta é a primeira vez que uma narrativa traz o olhar dos bombeiros sobre a tragédia que até hoje permanece sem solução. Uma leitura impactante para quem deseja conhecer os bastidores do salvamento do maior desastre ambiental do país e os heróis que tornaram isso possível.
Resenha:
Em um pacato dia de novembro de 2015, o corpo de bombeiros foi acionado para responder a um chamado. Aqueles homens nem chegavam a imaginar a dimensão do desastre ocorrido.
A barragem de Fundão tinha rompido, e seu efeito em cascata atingiu diversos quilômetros de extensão, arrasando com as cidades de Paracatu de Baixo e Bento Rodrigue, distritos de Minas Gerais.
O cenário era desolador, e a maior parte da população local se encontrava ilhada, justamente no caminho pelo qual escorria os dejetos tóxicos da barragem rompida e um pouco à frente da outra barragem que estava na eminencia de romper.
Se não fosse pelo trabalho de excelência do Capitão Farah, especialista em desastres dessa magnitude e de sua equipe que tinha passado por treinamentos exaustivos no sentido de se prepararem para situações próximas a ocorrida, mais de 500 pessoas não haveriam sido salvas.
Claro que vidas foram perdidas, mas essas foram as mínimas possíveis, e os bens materiais, esses com o tempo poderiam ser recuperados. O fato é que as cidades até hoje são inabitáveis, poucas construções resistiram ao poder de destruição desse desastre que é considerado um dos piores ocorridos nas últimas décadas.
Agora me digam como ignorar a revolva que sentimos ao saber que os responsáveis pelas mineradoras foram avisados da possibilidade de ocorrência de um desastre dessa magnitude, e que pelo simples desejo de economizar alguns trocados resolveram ignorar os avisos de especialistas na área, chegando mesmo a persegui-los dentro da instituição, para que esses se calassem.
Se vocês desejam saber um pouco mais sobre o assunto, com base no relato de algumas pessoas que estiveram presente no local do acidente, fica a dica desse livro maravilhoso, que além de tudo vem recheado de fotos do ocorrido.
Bjos!